Em um contexto regional em que 6 de cada 10 estudantes não atingem os níveis mínimos de leitura no 6º ano (ERCE, 2019), o estudo "Melhoria da aprendizagem na América Latina: análise, desafios e pontos-chave a implementação de programas" identifica as questões críticas e as dificuldades das políticas educacionais e detalha 7 chaves para sua implementação efetiva.

Com essa abordagem inovadora, o estudo analisa experiências reais de implementação de programas de melhoria das aprendizagens em quatro países da América Latina e do Caribe: Chile, Peru, Colômbia e El Salvador, e oferece uma visão integral da articulação institucional entre os diferentes níveis de governo. Aborda a cadeia de transmissão dos programas de melhoria, ou seja, como essas iniciativas chegam a diferentes níveis de governo (federal e subnacional) e de tomada de decisões (equipes de servidores e técnicos) para alcançar estudantes e escolas.

"A maneira como os programas chegam dos ministérios às salas de aula é um grande desafio que precisa ser abordado e monitorado"

Pablo Torche, pesquisador do Escritório para a América Latina e o Caribe do IIPE UNESCO

O documento do IIPE UNESCO é uma ferramenta para que os países fortaleçam suas capacidades de gestão e implementem políticas educacionais que contribuam para melhorar as aprendizagens de seus estudantes.

A força específica desse estudo está na identificação de alguns dos desafios que prejudicaram a implementação dos programas mencionados. Com base em uma descrição detalhada desses processos, o estudo delineia várias estratégias que foram usadas para alcançar uma implementação eficaz, o que pode ser útil para servidores e servidoras da educação que precisam enfrentar os desafios relacionados às fases de implementação de seus projetos em seus países.

Durante o lançamento dessa série de estudos no seminário virtual "Chaves para melhorar a aprendizagem na América Latina e no Caribe", especialistas da região compartilharam dados sobre a situação educacional atual e destacaram a importância de que as políticas sejam pensadas e implementadas a partir de uma perspectiva de 360º.

"As últimas avaliações internacionais mostram a persistência de uma profunda desigualdade educacional refletida na alta correlação entre os resultados de aprendizagem e o nível socioeconômico", explicou Alejandra Cardini, Chefa do Escritório a.i. do IIPE UNESCO ALC. Sylvia Schmelkes, pesquisadora de educação da Universidade Ibero-Americana do México, disse que um dos pontos críticos das políticas educacionais está relacionado ao "mito da meritocracia" que não leva em conta "que os pontos de partida dos estudantes são desiguais".

As 7 chaves para a implementação de melhorias educacionais propostas pelo estudo são de natureza transversal, de modo que, embora possam ser adotadas de diferentes maneiras, dependendo do contexto e do tipo de projeto, podem ser úteis para a implementação de programas que alcancem qualidade, equidade e igualdade na aprendizagem na região.

 Acesse a pesquisa completa aqui: https://bit.ly/3QLzDhr